Didi Taihuttu tem 44 anos, olhos azuis, cabelo comprido, usa boné na cabeça e havaianas nos pés. Natural dos Países Baixos, é ele quem explora o Bam Bam Bar e é o mentor da numerosa comunidade de bitcoiners que se forma em Lagos; e é ele, em rigor, o personagem principal desta história que junta dezenas de figurantes
á 30 pessoas junto ao Bam Bam Bar. O céu está encoberto e o resto do areal da Meia Praia, em Lagos, está vazio neste final de outubro algo chuvoso. Mas no Bam Bam, como acontece todas as sextas-feiras à tarde, há festa: um músico, com uma guitarra acústica, vai tocando e cantando; à volta do balcão ou sentados nas espreguiçadeiras das palhotas os participantes conversam. Talvez ‘festa’ não seja o termo correto — um encontro é provavelmente a palavra certa. Um encontro onde todos se conhecem, apesar de quase todos virem de lugares diferentes; um encontro onde todos partilham aquilo que dizem ser um lema de vida: o bitcoin.

“O bitcoin permite fazer muito dinheiro para toda a gente e pode tornar-se numa verdadeira revolução positiva”, diz Didi Taihuttu, 44 anos, olhos azuis, cabelo comprido, boné na cabeça e havaianas nos pés. Natural dos Países Baixos, é ele quem explora o Bam Bam e o mentor da comunidade de bitcoiners que se forma em Lagos; e é ele, em rigor, o personagem principal desta história que junta semanalmente pessoas que mineram, negoceiam ou que simplesmente venderam tudo o que tinham e investiram em criptomoedas. Atualmente, o neerlandês calcula que sejam “mais de 200” os bitcoiners a viverem na cidade algarvia. Quase todos são estrangeiros.